No anúncio do PAC da Saúde, políticos discutem CPMF

A solenidade de lançamento do PAC da Saúde, no Palácio do Planalto, se transformou em um encontro político em que os temas principais foram os processos de votação da emenda de prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e de escolha do novo presidente do Senado, que substituirá o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que renunciou ontem ao cargo.Compareceram à cerimônia 20 governadores e 18 ministro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou sorridente no salão principal apertando as mãos dos presentes, um a um. Lula tem telefonado aos governadores pedindo que pressionem suas bancadas em favor da aprovação da emenda.

Compareceram à cerimônia 20 governadores e 18 ministros, o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), o presidente interino do Senado, senador Tião Viana (PT-AC), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o ex-ministro da Saúde Adib Jatene, criador da CPMF, entre outros.

O salão principal do Palácio do Planalto ficou lotado para a cerimônia, que começou com mais de uma hora de atraso. Em conversas com a jornalistas e entre eles, os políticos conversavam sobre a questão da CPMF e sobre o processo de sucessão na presidência do Senado.

O governador da Paraíba, Ronaldo Cunha Lima, fez veemente defesa da emenda da CPMF e demonstrou preocupação com o fato de a bancada de seu partido, o PSDB, ser contra a prorrogação do tributo. "Não queremos ser acusados de ser o PT de ontem. A derrubada da CPMF pode nos inviabilizar para 2010", declarou Cunha Lima, lembrando que a contribuição foi instituída no governo do PSDB. Ele disse que o mais grave é que os senadores tucanos "não estão fazendo jogo de cena" quando se posicionam contra o tributo. "Minha bancada está contra, mesmo, e isso é preocupante", afirmou.

Cunha Lima fez, no entanto, a ressalva de que o diálogo é possível. O governador do Maranhão, Jackson Lago, do PDT, também defendeu a CPMF, afirmando que é "o imposto mais justo, porque pega grandes e pequenos." O governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), disse que, se a CPMF não for aprovada, todos os Estados perderão. Afirmou que, no caso de Tocantins, a perda seria de R$ 100 milhões. "É muito dinheiro." O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), lembrou que ajudou a criar a CPMF, "lá atrás." Requião comentou também a questão da sucessão no Senado. Afirmou que a Casa elegerá quem significar "menos atrito", e completou: "Talvez o Garibaldi seja o nome.". Referindo-se ao senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), que também está presente à cerimônia e é um dos três aspirantes peemedebistas a se lançarem candidatos à presidência do Senado.

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