Os reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste caíram para um nível abaixo de 30% na terça-feira, 12, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Furnas, uma das principais hidrelétricas brasileiras, trabalha com apenas 23,8% nível de água em seu reservatório. Com redução de 0,2%, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste operavam na terça com 29,8% da sua capacidade.

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A Região Sul também registrou queda no nível acumulado nos reservatórios, para 48,1%, enquanto os do submercado Norte caíram para 46,6%.

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Os reservatórios do Nordeste, região que vem sofrendo uma das maiores secas da sua história, ficaram estáveis em 11,2%, com a hidrelétrica de Sobradinho operando com 6,62% da sua capacidade. O Norte teve queda de 0,7 %, para 46,6%.

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O sócio da Compass, Marcelo Parodi, comentou que os mapas meteorológicos indicam que não há perspectiva de chuvas volumosas no subsistema Sudeste/Centro-Oeste até o final do mês. Enquanto para o Sul estão previstas chuvas fracas. A atual projeção do ONS indica uma Energia Natural Afluente (ENA) de 71% da média histórica em setembro no Sudeste/Centro-Oeste e em 43% da média de longo termo (MLT) no Sul. As previsões são significativamente abaixo das estimadas no início do mês, que apontavam para afluência de 88% e 83%, respectivamente.

“O nível do reservatório na Região Sul está caindo cerca 1 ponto porcentual ao dia, e acreditamos que o operador utilizará todos os recursos disponíveis, como intercâmbio energético e possivelmente despacho térmico adicional, para manter níveis operativos confortáveis”, afirmou Parodi.

Em nota divulgada semana passada, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) já indicou a possibilidade de aumentar a importação de energia de países vizinhos, como Argentina e Uruguai, como forma de preservar os estoques de armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas. Além disso, afirmou que vai analisar a adoção de medidas de incentivo ao uso racional de energia e o aumento dos limites de transferência de energia entre as regiões do País. O CMSE reiterou, porém, que o abastecimento está garantido, ainda que seja necessário acionar usinas que gerem energia mais cara.