O nível de atividade na indústria da construção em relação ao usual atingiu novo piso histórico em fevereiro, aponta a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esse indicador, presente no estudo Sondagem Indústria da Construção, divulgado nesta segunda-feira, 23, ficou em 33,2 pontos no mês passado (ante 35,9 pontos, em janeiro). É o resultado mais baixo da série histórica, que teve início em dezembro de 2009. Em fevereiro do ano passado, o indicador do nível de atividade em relação ao usual era de 44,9 pontos.
Os valores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando ficam abaixo dos 50 pontos, revelam queda na atividade e no emprego. Quanto mais distante da linha divisória, maior a queda.
A CNI destaca que o nível de atividade da indústria da construção encontra-se cada vez mais distante da normalidade. A queda afetou todos os portes e setores da indústria da construção. A utilização da capacidade da operação ficou em 60% (ante 69%, em fevereiro de 2014).
O indicador sobre “nível de atividade” (que representa um ‘retrato’ exclusivamente do mês analisado) marcou 36,6 pontos no mês passado, ante 36,9 pontos, em janeiro, e 46,3 pontos, em fevereiro do ano passado. O indicador sobre número de empregados marcou 36,4 pontos em fevereiro deste ano, ante 37,8 pontos em janeiro e 46,5 pontos em fevereiro de 2014.
O pessimismo dos empresários também se intensificou, afetando as projeções para o futuro. “Em março de 2015, todos os índices de expectativas para os próximos seis meses mostraram novas quedas, o que afastou, ainda mais, os indicadores da linha divisória dos 50 pontos e os encaminhou, novamente, aos menores níveis de suas séries. Como consequência, o empresário mostra cada vez menos intenção de investir”, cita a CNI.
Em relação a março deste ano, todos os indicadores de expectativas para os próximos seis meses ficaram abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. O indicador de nível de atividade ficou em 43,2 pontos (45,2 pontos, em fevereiro); o de novos serviços e empreendimentos recuou para 42,4 pontos (44,3 no mês passado); o de compra de insumos e matérias primas ficou em 42,0 pontos (44,2 pontos no mês anterior); o de número de empregados caiu para 41,7 pontos (44,2 pontos em fevereiro); e o de intenção de investimento ficou em 34,6 pontos (35,9 pontos no mês anterior).
A CNI destaca que o indicador de intenção de investimento caiu pelo sexto mês consecutivo. A intenção de investir de março é a menor da série para empresas de todos os portes e setores da indústria da construção.
A pesquisa foi realizada entre 2 e 11 de março com 600 empresas, das quais 191 de pequeno porte, 267 médias e 142 grandes.