A venda forçada da Garoto, decidida pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no início deste mês, não trará impacto financeiro negativo à Nestlé, maior grupo alimentício do mundo, afirmou ontem o presidente-executivo da gigante, Peter Brabeck.
A Nestlé comprou a Garoto por quase R$ 600 milhões em 2002 e a decisão do Cade determina que a empresa venda a Garoto para um concorrente que detenha menos de 20% do mercado de chocolates do país. Brabeck afirmou ainda que espera um ano melhor em 2004, puxado pelas “excelentes” condições do mercado norte-americano e melhoria econômica na América Latina e Ásia.
Danone
O presidente-executivo da Nestlé afirmou também que espera que a rival francesa Danone permaneça como concorrente independente, apesar dos rumores de que a empresa suíça possa fazer uma oferta de compra. “Eu sempre valorizei a Danone como um competidor bastante construtivo”, disse ele em entrevista coletiva, acrescentando que espera que a Danone permaneça como uma empresa francesa.
A Danone anunciou ontem queda de 18% no lucro líquido, para 6,21 bilhões de francos suíços (US$ 5 bilhões), em 2003 em relação ao ano anterior, que somou a venda da unidade Alcon, dedicada ao cuidado dos olhos. As vendas do grupo caíram levemente para 87,98 bilhões de francos por causa da fraqueza do dólar.