Nelson Barbosa acredita que é muito prematuro reduzir meta de inflação

O secretário de Acompanhamento Econômico do ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nesta quinta-feira (21) que o principal motivo que justifica a manutenção da meta de inflação em 4,5% é que o Brasil ficou abaixo desse objetivo por apenas um ano e seria prematuro reduzi-la. "Desde 1999, ficou sete anos acima e um ano ou dois, considerando 2007, abaixo do centro da meta. Então seria prematuro reduzi-la. Mesmo porque você tem a banda de tolerância e pode ficar abaixo", afirmou.

Para Barbosa, é importante destacar que a definição da meta é para 2009 e os cenários são mais incertos para um período distante de tempo, sobretudo em relação aos rumos da economia internacional. "O bom senso indica que você seja um pouco mais cuidadoso e tenha uma margem de manobra maior", disse o secretário, destacando que, no ano que vem, há eleição nos Estados Unidos. O secretário ponderou que outro fator que justifica a manutenção da meta é que, no processo de aceleração do crescimento, a economia pode, em algum momento, ficar com atividade acima do seu potencial. E se a meta for mais apertada, o Banco Central teria uma situação de maior restrição para operar.

O secretário considera que, se o cenário econômico positivo, externo e interno, se mantiver até 2009, o BC pode lançar mão do recurso da meta ajustada e mirar uma inflação menor. "Em 2005, o BC tinha uma meta de 4,5%, mas criou uma meta ajustada de 5,1%. Vamos supor o melhor dos mundos, que em 2009 esteja tudo favorável, a inflação baixa, então ajusta para baixo", afirmou, dizendo que, nesse caso, a Fazenda está numa posição conservadora. "Está funcionando? Então não mexe. Depois, dependendo do andamento da economia, pode mexer", colocou, atribuindo a setores do mercado as pressões para redução da meta que, segundo ele, desejariam colocar mais constrangimento à política monetária.

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