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Negociação sobre texto da Previdência ainda não se exauriu, diz Marinho

Com menos de três horas para o início da sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), marcada para votar o projeto da reforma da Previdência às 14h30, o governo ainda não chegou a um acordo com os líderes dos partidos “alinhados” – como são chamados pelo secretário especial de Previdência, Rogério Marinho, as legendas favoráveis à reforma. Depois de se reunir com líderes, Marinho disse que a definição em relação ao texto que será votado sairá “até 12h30”.

Ele não quis dizer quais pontos ainda estão em discussão. “A negociação ainda não se exauriu. A conversa está bem encaminhada, mas os líderes precisam conversar com suas bancadas”, afirmou.

Líder do PP, o deputado Arthur Lira (AL) disse que consultará o partido e que os líderes também conversarão com a oposição para evitar “obstrução por obstrução”. “Até a oposição está consciente dos avanços feitos no texto”, afirmou.

Ele lembrou que nunca em nenhum projeto de Previdência o texto foi alterado ainda na CCJ, o que considera uma demonstração de boa vontade do governo. “Não somos base aliada, somos partidos que querem aprovar Previdência. Temos tempo suficiente antes da abertura da CCJ para partidos terem posição definida”, completou.

Já o líder do PR, Wellington Roberto (PB), disse que ainda não está satisfeito com as mudanças conversadas com o governo. “Estamos conversando, houve avanço, mas vamos conversar com outros líderes. Estamos definindo temas em que a negociação ainda pode avançar”, comentou.

Ele afirmou que os partidos poderão ajudar a base do governo a “enfrentar” a oposição. “Se tiver acordo, votaremos, se não, faremos nosso papel”, completou.

O secretário Marinho disse ainda que será dada publicidade a dados desagregados da reforma e que na quinta-feira essas informações serão passadas em conversa com os partidos. “Não mudamos o que estamos falando desde 22 de fevereiro, quando a reforma foi entregue, dissemos que, por ocasião da discussão do mérito, entregaríamos dados desagregados”, comentou. “Não há da nossa parte nenhuma dificuldade de ter transparência nesse processo.”

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