| Foto: Arquivo |
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| Porto de Paranaguá: interditado para navegação noturna. continua após a publicidade |
Por causa das deficiências na sinalização náutica do Canal da Galheta, que dá acesso ao Porto de Paranaguá, a Capitania dos Portos do Paraná determinou a interdição, por tempo indeterminado, da navegação noturna no canal. A medida visa a garantir a segurança da navegação, pois segundo a Capitania, vem ocorrendo uma degradação na manutenção da sinalização. Esse foi a segunda interdição da movimentação noturna no porto apenas em 2008.
A primeira ocorreu em 21 de janeiro, e durou somente um dia. Na época foi identificada deficiência na sinalização náutica em apenas um trecho específico do Canal – em 2007 não houve interdição à navegação noturna. Dessa vez, existem problemas em toda a extensão do Canal – cuja extensão é de cerca de 16 milhas náuticas -, sendo considerados mais críticos no Canal da Galheta Externo. A Capitania dos Portos informou que a medida só será revogada depois que forem restabelecidas as condições mínimas para a segurança da navegação noturna. Entre dois e três navios utilizam o porto no período noturno por dia.
O órgão esclareceu ainda que a interdição não foi motivada por nenhum episódio específico, mas sim como forma preventiva, já que a Administração dos Portos de Antonina e Paranaguá (Appa) não vem realizando a manutenção da sinalização, que é feita com bóias luminosas (dotadas de uma lanterna específica). Aliado a isso, está o processo de assoreamento contínuo do canal, sem previsão de execução de dragagem. Até a semana passada a Appa não havia concluído processo de licitação internacional para contratar uma empresa para realizar a dragagem no canal.
Durante toda a tarde de ontem a Appa foi procurada para falar sobre o assunto, mas ninguém prestou esclarecimentos. A denúncia da Capitania dos Portos sobre a falta de manutenção na sinalização do canal pode ser explicada por problemas operacionais. A Appa teria encerrado o contrato com uma empresa de Paranaguá que era responsável pelo serviço de manutenção das bóias no mês de setembro de 2007, e até hoje não fez nova contratação. A alegação era que a própria Appa iria formar uma equipe para realizar o serviço. No entanto, não possui equipamentos necessários para fazer o trabalho, já que boa parte dos materiais são importados.