A forte expansão do mercado brasileiro de computadores tem atraído a atenção de grandes empresas internacionais. A Sony anuncia a produção no Brasil de dois modelos de notebooks (portáteis), por meio de um contrato de terceirização com a Foxconn, em Jundiaí (SP). Em setembro, a HP aumentou em 50% sua capacidade de produção no País, também em parceria com a Foxconn. Já a Dell inaugurou uma fábrica em Hortolândia (SP) em maio e planeja ampliar os investimentos no ano que vem.
?Esperamos um crescimento grande no Brasil, principalmente para notebooks?, afirmou Bob Ishida, presidente mundial da Vaio, marca de notebooks da Sony. ?Quando estive pela primeira vez no Brasil, em 2003, o mercado ainda era dominado pelos desktops (computadores de mesa).? Segundo a consultoria IT Data, as vendas de computadores portáteis devem subir 270% este ano, chegando a 810 mil unidades.
Existem vários fatores que têm incentivado, nos últimos anos, o crescimento do mercado brasileiro de computadores. A legislação fiscal isentou os PCs de até R$ 4 mil do recolhimento do PIS e da Cofins. A valorização do real ante o dólar tornou as máquinas mais acessíveis e o varejo ampliou o financiamento para os computadores. As ações contra o contrabando se tornaram mais eficientes e o aumento de escala ajudou a baixar os preços. Este ano devem ser vendidos 10,1 milhões de microcomputadores, incluindo máquinas portáteis e de mesa, um avanço de 23% sobre 2006.
Os varejistas esperam que o notebook seja o grande destaque deste Natal. ?O crescimento no Brasil tem sido liderado pelo consumidor doméstico?, afirmou Ishida. ?O mercado japonês já deixou de crescer. Hoje, as principais áreas de crescimento são os países Bric: Brasil, Rússia, Índia e China,? disse.