‘Não temos o tamanho que gostaríamos no Brasil’, diz Ana Botín, do Santander

A presidente global do Santander, Ana Botín, afirmou que o banco espanhol não tem o tamanho que almeja no Brasil, mas que, antes de ser maior, precisar ser melhor no País. “Gostaríamos de ser maiores no Brasil, mas, sobretudo, melhores, e queremos ser rentáveis”, afirmou ela, em conversa com jornalistas.

Ana destacou, porém, que o Santander Brasil é “suficientemente grande” para competir no País e atender todo tipo de cliente. Sobre o fato de o Brasil ter perdido o posto de líder na geração de resultados do grupo, a executiva disse que a operação local e o Reino Unido são os que mais contribuem com o resultado da instituição após a Espanha e que o câmbio explica o fato de o País não ter mais a liderança.

Em relação à crise no País, a presidente mundial do Santander afirmou que o banco está no Brasil a longo prazo. “Investimos na nossa operação no ano passado. Há momentos melhores e piores, mas acreditamos que o Brasil vai crescer de maneira sustentável. Estamos tranquilos”, afirmou.

O Santander Brasil tem potencial de crescer de forma orgânica no Brasil, segundo ela, mas assim como disputou o HSBC, adquirido pelo Bradesco, também segue aberto para avaliar novas oportunidades de aquisições. Ana acrescentou, porém, que qualquer negócio será avaliado seguindo “critérios restritos” não só no Brasil como no mundo.

Sem citar números, a executiva afirmou ainda que o banco, que encerrou setembro com R$ 702,4 bilhões em ativos e patrimônio líquido de quase R$ 53 bilhões, vai seguir investindo em tecnologia, atendimento e serviços para servir seus 15 milhões de clientes no Brasil.

Ana Botín ainda afirmou que o Brasil é de enorme importância para o banco e também para ela. “Foi uma honra liderar, nos anos 90, as primeiras coisas que fizemos no Brasil, quando pude comprovar os importantíssimos avanços do País no plano econômico, institucional e social. Não tenho nenhuma dúvida desse processo”, disse ela.

Ana participou da 11ª edição do “Prêmio Santander Universidades”, em São Paulo, nesta tarde. A iniciativa é voltada para estudantes e universidades e contou coma inscrição de quase 24 mil projetos neste ano. Ela ressaltou a importância da educação para o progresso econômico e a grande responsabilidade e também o papel do banco em apoiá-la. Durante discurso no evento, a executiva citou ainda o programa de microcrédito do Santander Brasil. Entre os quase 24 mil projetos inscritos, 21 foram selecionados e cada um receberá R$ 100 mil e uma bolsa na Babson College, nos Estados Unidos, totalizando mais de R$ 2 milhões em prêmios.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo