O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, ressaltou hoje em palestra na Câmara de Comércio Suíço-Brasileira que o governo continuará firme no combate à inflação. “Não haverá negligência em relação à inflação”, afirmou.

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Coutinho foi perguntado por um empresário sobre como o governo pretende coibir a evolução nos níveis de preços, já que alguns indicadores mostram uma tendência de alta. Ele respondeu que essa é uma matéria das autoridades econômicas do governo, sobretudo do Banco Central (BC) e do Ministério da Fazenda. “O Banco Central tem total capacidade sobre esse assunto e o Ministério da Fazenda também está bastante atento sobre o tema”, respondeu.

Investimentos

O presidente do BNDES afirmou ainda que é possível que a taxa de investimento do País em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) atinja 23% em 2014. A estimativa oficial do banco ainda é de 22,4%. Segundo Coutinho, essa projeção dos investimentos como proporção do PIB deve subir de 16,8% em 2009 para 18,9% em 2010. “Há condições da economia nacional de avançar os investimentos nos próximos quatro anos, a ponto de chegar a 23% do PIB, o que também depende do aumento dos investimentos do setor privado”, comentou.

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Hoje, de acordo com estimativa do BNDES, os investimentos em relação ao PIB devem atingir 19,4% em 2011, subir para 20,3% em 2012, avançar para 21,4% em 2013 e alcançar 22,4% em 2014. Segundo projeções do BNDES, incluindo os setores público e privado, os investimentos devem atingir R$ 1,596 trilhão entre 2011 e 2014. Esse montante seria 66% superior aos R$ 960 bilhões aplicados na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no País entre 2006 e 2009.

De acordo com o BNDES, desse total de quase R$ 1,6 trilhão, a divisão seria a seguinte: R$ 610 bilhões no setor industrial, R$ 378 bilhões no segmento de infraestrutura e R$ 607 bilhões na área de edificações. Segundo Coutinho, a Copa do Mundo de 2014 deve envolver investimentos de R$ 11,5 bilhões e as Olimpíadas de 2016, de R$ 28,8 bilhões.

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Em sua avaliação, o Brasil tem perspectivas muito boas nos próximos anos de elevação dos investimentos, com a inflação sob controle e rigor na gestão das contas públicas. A economia nacional “pode crescer mais de 5% nos próximos cinco anos”.