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Não há mágica para economia crescer rapidamente, diz Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou que o governo não está de mãos atadas para assegurar a recuperação do crescimento do País. Ao ser questionado sobre a lenta reação da atividade econômica no País, Meirelles disse que “pelo contrário”: o governo está tendo uma ação positiva com a agenda fiscal e microeconômica.

Numa crítica à gestão da ex-presidente Dilma Rousseff que criou a chamada Nova Matriz Macroeconômica, o ministro ponderou que o que governo não faz é uma prática de movimentos artificialistas e irrealistas que só pioram a situação, aumentando o déficit nas contas públicas. “Não há mágica na economia nem medidas iluminadas para a economia crescer mais rápido”, afirmou.

Segundo o ministro, os problemas têm de ser resolvidos para botar a “máquina funcionar em outra direção”. Meirelles disse que é preciso que os consumidores percam o receio de ficarem desempregados e voltem a consumir. “Se tomarmos as medidas certas, os agentes econômicos antecipam os seus efeitos”, afirmou.

Na entrevista de final de ano, o ministro ponderou que existem economistas importantes que estão com projeções de crescimento superiores a do governo, porque têm levado em consideração outros fatores, como os baixos estoques das empresas. Ele ressaltou que a confiança tem uma dinâmica própria e manifestou confiança que o País vai entrar num ciclo de crescimento em 2017.

Juros

Na entrevista de final de ano, Meirelles comemorou a redução da inflação no mês de dezembro, mas ressalvou que uma aceleração do ritmo de corte das taxas de juros é algo a ser decidido pelo Banco Central.

Meirelles reiterou que foi presidente do BC por oito anos e sempre considerou que o Ministério da Fazenda não deveria fazer declaração pública sobre juros. “No momento que estou na Fazenda, me cumpre a adotar a mesma medida”, disse. O ministro disse acreditar que o BC tem condições de adotar a mesma decisão.

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