O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, voltou a dizer nesta terça-feira que ainda não está definido quando serão realizados novos leilões de aeroportos nem quais seriam repassados para a iniciativa privada.
“Isso ainda não está definido e está sendo discutido dentro de um planejamento estratégico de longo prazo do governo. Obviamente isso é uma alternativa, mas precisamos ter uma visão de longo prazo para que possamos acertar nas nossas decisões não só de infraestrutura dos aeroportos existentes, de novos aeroportos (…) e também de qual o papel que terá a parceria do setor privado”, disse na abertura da feira Airport Infra Expo, em São Paulo.
Sobre o plano de outorga, que estava previsto para ser concluído e divulgado no primeiro trimestre deste ano e agora passou para até o final do ano, ele disse que a mudança no cronograma ocorreu porque “todas essas coisas dependem da discussão de várias questões, questões técnicas, de avaliação de longo prazo”. Ele não considera que a mudança no cronograma seja um atraso, mas “um aperfeiçoamento”. “Este ano teremos um plano”, disse.
De acordo com Bittencourt, agora estão sendo fechados os investimentos que serão destinados aos aeroportos regionais. “Estamos conversando com os Estados também, discutindo quais são os aeroportos nos quais vamos fazer os investimentos, já que não podemos investir nos 720 aeroportos existentes. Temos de priorizar os mais importantes, que sejam um polo de desenvolvimento”, disse. Ele afirmou ainda que os investimentos por parte da Infraero nos seus 63 aeroportos estão todos em dia, “as obras estão andando normalmente”.
Bittencourt disse que a ideia é estar até o final de 2014 com todos os aeroportos concedidos: os sob concessão exclusiva da Infraero e os aeroportos regionais com uma política de investimento já definida e em execução.
O ministro também voltou a dizer que os aeroportos brasileiros estarão preparados para receber o fluxo maior de passageiros esperado para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que serão realizadas no Brasil. “Se estamos atendendo o dia a dia, que cresce à ordem de dois dígitos há três, quatro anos, certamente atenderemos bem a Copa do Mundo, as Olimpíadas, a Rio+20 e outros eventos.” De acordo com ele, no final do ano passado, a melhora da produtividade dos aeroportos da Infraero foi da ordem de 40%.
Questionado se a SAC já fez algum levantamento sobre obras que estão a cargo da construtora Delta, alvo de denúncias de envolvimento em um suposto esquema de corrupção, ele limitou-se a dizer que “a grande obra que tínhamos com a Delta era do novo terminal de Guarulhos, que foi construído e concluído dentro do prazo certo, em janeiro, e foi entregue dentro do preço acertado”.