O Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade) tem indícios de que o cartel para manipular taxas de câmbio investigado pelo órgão atuou no Brasil entre 2007 e 2013. De acordo com o superintendente-geral do conselho, Eduardo Frade, entre 2009 e 2011 foram firmados contratos em real. No restante do período, os contratos manipulados eram em outras moedas.

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Frade disse que somente bancos estrangeiros estão sendo investigados, como já havia informado o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mais cedo.

Segundo o superintendente, não há previsão de quando ele enviará parecer para o plenário do Cade, que é responsável por julgar as empresas envolvidas. Frade disse que dificilmente isso será feito neste ano.

A superintendência geral do conselho instaurou nesta quinta-feira, 2, processo administrativo para investigar suposto cartel na manipulação de taxas de câmbio envolvendo o real e moedas estrangeiras. O esquema seria internacional e são investigados Barclays, Citigroup, Credit Suisse, Deutsche Bank, HSBC, JP Morgan Chase, Merril Lynch, Morgan Stanley, Nomura, Royal Bank of Canada, Royal Bank of Scotland, Standard Chartered, UBS, Banco Standard de Investimentos e Banco Tokyo-Mitsubishi UFJ, além de trinta pessoas físicas.

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Se condenadas, as pessoas jurídicas investigadas pagarão multa de 0,1% a 20% do faturamento do grupo no ramo de atividade. As pessoas físicas poderão pagar de 1% a 20% da multa aplicada para as empresas, no caso dos administradores dos bancos, e de R$ 50 mil a R$ 2 bilhões para não administradores.