O crescimento esperado de 15,7% nas vendas internas de materiais de construção em 2010 não deve levar à falta de produtos, segundo avaliou hoje o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Melvyn Fox.

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“As indústrias de materiais estão utilizando, em média, 85% da capacidade instalada. Se nada fosse feito, poderia haver falta em um ou outro segmento, mas o ‘Termômetro Abramat’ de novembro apontou que 60% dos fabricantes pretende investir nos próximos 12 meses”, disse.

Em meados de 2009, cerca de 33% das indústrias tinham a intenção de realizar investimentos. O presidente da Abramat disse que essa parcela crescerá ainda mais.

Segundo ele, há investimentos já anunciados, que não foram concluídos em função do agravamento da crise, que serão finalizados. Em 2007 e 2008, os fabricantes de materiais investiram na expansão de suas capacidades. No fim do ano passado, o movimento perdeu força com a piora do cenário econômico.

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A indústria de materiais de construção, no entanto, está preocupada com a entrada de produtos chineses no País, como disjuntores e cadeados, que concorrem com os fabricados brasileiros.

De acordo com o presidente da Abramat, há produtos importados que não estão em conformidade técnica com as exigências do setor. Além disso, em alguns casos, o custo do material é maior que o do produto.

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“Isso pode acabar resultando no fechamento de fábricas”, disse Fox. A Abramat está levantando informações a respeito dos materiais de construção importados. “Queremos fazer um trabalho conjunto com o governo”, disse.