O diretor do Federal Reserve, Jerome Powell, disse hoje acreditar que o país não está tão longe da meta de 2,0% de inflação estipulada pela autoridade monetária. Segundo ele, núcleo da inflação está se mantendo de 30 a 40 pontos base abaixo do normal por causa do dólar forte e a queda dos preços do petróleo.

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Apesar disso, o dirigente citou motivos para que o ritmo de elevação de juros pelo Fed seja comedido. Entre eles, está o referendo que decidirá sobre a permanência do Reino Unido dentro da União Europeia. A votação popular, conhecida como “Brexit”, será feita na semana seguinte à próxima reunião do Fed, em 14 e 15 de junho.

Segundo Powell, um voto pelo “sim” não deve Import um risco sistêmico ao crescimento global, como alguns sugerem, mas pode prejudicar significativamente a Europa. Logo, a votação do “Brexit” é um “fator de cautela” para o Fed, concluiu.

O dirigente ainda minimizou a influência do ciclo eleitoral norte-americano sobre a condução da política monetária, afirmando que a política “não desempenha qualquer papel” nas decisões da instituição.

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Powell também alertou para as incertezas que cercam o fraco crescimento da produtividade, que seria a responsável pelo frágil aumento dos salários. Ele também notou um declínio acentuado no crescimento da “produtividade total dos fatores” – a parte da produtividade relacionada à inovação tecnológica.

Ele lembrou que a estimativa de crescimento potencial dos Estados Unidos caiu de 3,0% para 2,0% no longo prazo, e que boa parte desse feito pode ser creditado ao menor crescimento da produtividade.

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“O crescimento menor da produtividade significa que os juros podem ficar abaixo do nível em que estavam antes da crise, mesmo que a produção e a inflação voltem aos níveis anteriores”, disse. Fonte: Dow Jones Newswires.