Foto: Fábio Alexandre

Roni Barbosa, da CUT: momento econômico favorece.

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Centrais sindicais de todo o País se preparam para as mobilizações de amanhã em prol da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.

O objetivo é pressionar o Congresso Nacional para que seja aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que trata da redução.

A ação de amanhã também marca o encerramento da coleta de assinaturas para o abaixo-assinado, que será encaminhado ao Congresso Nacional. A meta é atingir 1,5 milhão de assinaturas.

De acordo com as centrais, a redução para 40 horas deve gerar 2,2 milhões de novos empregos e aquecer a economia nacional. Além de promover atrasos em setores da indústria, os trabalhadores realizarão passeatas e assembléias nas principais cidades do Estado.

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Em Curitiba, uma passeata está programada para começar às 6h, com uma grande concentração na Praça Afonso Botelho. Os manifestantes seguirão pela Rua Brigadeiro Franco até a Praça Rui Barbosa, no centro da capital.

As manifestações atingem também o Contorno Sul da BR-116, onde está previsto o fechamento das pistas e a interrupção do fluxo de veículos no local. Ainda na quarta-feira, professores da rede pública de ensino farão uma redução no horário de expediente, passando o tempo de aula de 50 para 30 minutos.

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Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Paraná, Roni Anderson Barbosa, o momento econômico brasileiro é propício para que se efetive a redução da jornada. ?A classe empresarial tem tido aumento nos ganhos, e um aumento da produtividade. Está na hora de repassar isso para quem está na ponta?, comenta.

Já o secretário geral da Força Sindical no Paraná, Clementino Tomaz Vieira, salienta que a última redução da jornada aconteceu há 20 anos. ?É preciso conscientizar o trabalhador e toda a sociedade de que, caso haja uma redução de horas de trabalho, teremos mais emprego e, conseqüentemente, menos doenças funcionais. Se resolvermos essa questão, será mais fácil avançarmos em outros quesitos?, afirma o secretário, que também se mantém a favor da redução das horas extras.

?Com trabalhadores atuando em menos tempo nas empresas e com a redução das horas extras, a classe patronal fica obrigada a contratar novos funcionários para suprir os espaços vazios?, afirma o secretário.