Mutirão para pagar o seguro-desemprego

Ao longo da última semana, a fila de pessoas em busca de seguro-desemprego foi grande nas sete unidades da Agência do Trabalhador de Curitiba (uma unidade central e seis localizadas em Ruas da Cidadania). Para evitar que a situação se repita nos próximos dias, a entidade promoveu um mutirão para concessão do benefício no decorrer do dia de ontem. Das 8 horas às 16h30, foram atendidos cerca de 1.600 usuários.

“Neste início de ano, a agência tem atendido quase o dobro de pessoas do que normalmente costuma atender. A unidade central (na Rua Pedro Ivo), por exemplo, tem capacidade para atender duzentas pessoas a cada dia. Porém, tem sido procurada por cerca de quatrocentas, o que acaba gerando um saldo negativo de atendimento. Com o mutirão, a intenção é minimizar o problema”, comentou o coordenador estadual do Sistema Nacional de Empregos, Messias da Silva.

Nos dois primeiros dias úteis de 2009, a Agência do Trabalhador da capital atendeu 2,7 mil pessoas. Na primeira segunda-feira de janeiro (5), foram atendidos 1,14 mil trabalhadores, sendo seiscentos só na unidade central. No dia seguinte, 1,56 mil cidadãos procuraram o serviço. Em relação à oferta de emprego, a agência tem cadastradas cerca de 1.700 vagas, em diversas áreas.

“As rescisões de contratos de trabalho têm sido grandes neste início de ano. Um dos motivos disto tem sido a crise internacional, que acaba afetando a economia como um todo”, disse o coordenador. “No mutirão, todos os funcionários da Agência estão em atividade para atender o cidadão. Os atendimentos foram agendados ao longo da última semana.”

Trabalhadores

Quem passou ontem pelas unidades da Agência do Trabalhador aprovou o mutirão. Era o caso do pizzaiolo Ronaldo Ferreira de Moraes, que perdeu o emprego no último mês de dezembro. “O atendimento no sábado é bastante prático. Além disso, a fila está bastante rápida. Cheguei agora (às 9 horas) e peguei a senha 260. Porém, em uma hora, o atendimento já está no número 93.”
A atendente de lanchonete Elza de Almeida Nogueira comemorou o fato de não precisar acordar de madrugada para entrar na fila do seguro. “Moro longe, na Vila Oficinas, e seria complicado chegar aqui (na unidade central) de madrugada. Tenho duas filhas pequenas para cuidar”, afirmou.

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