Vinte e sete milhões de pessoas ao redor do mundo perderam seus empregos em 2009, informou a agência que monitora o trabalho nas Nações Unidas, alertando que o desemprego voltou a crescer num relatório que será divulgado amanhã, quarta-feira, no dia da abertura do Fórum Econômico Mundial na Suíça.

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Cerca de 12 milhões dos novos desempregados estavam na América do Norte, Japão e Europa Ocidental, informou a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O número de desempregados aumentou em quatro milhões no Leste Europeu e na América Latina, enquanto no Oriente Médio, Ásia e África e taxa de desemprego ficou estável no ano passado.

Segundo a OIT, o número total de desempregados no mundo chegou a 212 milhões no ano passado. Os dados apontam para uma necessidade de um “pacto global do emprego” para alavancar o emprego ao redor do mundo, disse a OIT.

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“Evitar uma recuperação do desemprego é a prioridade política de hoje”, disse o chefe da OIT, Juan Somavia. “Nós precisamos que a mesma decisão política usada para salvar os bancos seja agora aplicada para salvar e criar empregos para as pessoas”.

Num relatório de 82 páginas, a agência sediada em Genebra afirma esperar que o desemprego permaneça alto em 2010, talvez com um adicional de três milhões de trabalhadores perdendo seus empregos nos países mais ricos.

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A OIT disse que a taxa mundial de desemprego ficou em 6,6% no ano passado, mas que o verdadeiro cerne do problema é muito mais grave, porque mais de 600 milhões de trabalhadores e suas famílias sobrevivem com menos de US$ 1,25 por dia.

Outros 200 milhões estão pouco acima da linha internacional de pobreza. A OIT alerta que as condições de trabalho se deterioram, especialmente nas regiões com baixa produtividade, como nos países da África Subsaariana.