Mulher conquista mais espaços no mercado de trabalho

As mulheres que vivem na Região Metropolitana de Curitiba estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho e, em sua maioria, recebem salários semelhantes aos dos homens. A constatação é resultado de uma pesquisa realizada pelo economista e coordenador do Painel de Conjuntura Isae (Instituto Superior de Administração e Economia), Róbson Gonçalves, com base na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).  

Segundo o estudo, no período entre os anos 2000 e 2006, a diferença salarial entre homens e mulheres diminuiu oito pontos percentuais na capital paranaense. Em 2000, as mulheres de Curitiba e região ganhavam cerca de 38% menos que os homens. Já no ano passado, a diferença de renda entre os gêneros foi igual à média nacional: 30%. Em todo Paraná, há sete anos, as representantes do sexo feminino ganhavam cerca de 36% menos que os representantes do sexo masculino, sendo que no ano passado a diferença salarial foi de 35%.

?A redução da diferença salarial entre os sexos é uma tendência mundial. À medida que o mercado de trabalho vai se tornando mais competitivo, as mulheres com mais potencial vão sendo selecionadas e remuneradas?, afirma Róbson. ?Especificamente em relação a Curitiba, também contribui com a redução o alto crescimento da região metropolitana. Esta, nos últimos dez anos, tem crescido cerca de 3% ao ano, acima da média de crescimento nacional, que é de cerca de 1,2% a cada ano.?

De acordo com Róbson, a maior prova da conquista masculina acontece quando a pesquisa é refinada. Ainda na região metropolitana da capital, na faixa de dez a vinte salários mínimos de renda mensal, o diferencial de renda entre homens e mulheres é de apenas 6%. Já na última faixa de renda considerada pelo IBGE, que é a das pessoas que recebem mais de vinte salários mínimos, as mulheres superam os homens em 15%. ?Os dados revelam que as mulheres estão cada vez menos sendo donas de casa e estão tendo cada vez mais oportunidade de estudar e obter formação.?

Em relação à taxa de atividade feminina (percentual de mulheres com dez anos de idade ou mais que estão trabalhando ou à procura de emprego, analisado de acordo com critérios internacionais), ela aumentou para cerca de 57% em Curitiba e região em 2006. Em 2000, era de 42%, contra 65% para os homens. 

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