O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana, avaliou nesta quinta-feira, 30, ser “bastante pequena” a chance de a meta de inflação para 2018 ser alterada em função das projeções de um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) menor no próximo ano. Ele considerou natural o mercado discutir o tema, mas evitou qualquer comentário sobre a definição de metas.

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“Cabe ao Conselho Monetário Nacional (CMN) definir em junho a meta para 2019 e o BC seguirá essa determinação. A discussão em junho deste ano será para 2019, e a hipótese de se mudar meta de 2018 é bastante pequena”, afirmou, em entrevista sobre o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta quinta.

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Viana confirmou ainda que, por enquanto, os anos de 2017 e 2018 são relevantes para o horizonte de política monetária, mas confirmou que o peso de 2018 é gradualmente crescente na medida em que o ano avança. “No momento, a comunicação indica claramente que os dois anos-calendário são relevantes”, completou.

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Questionado sobre a “tímida menção” à Reforma da Previdência no RTI comparado a documentos anteriores do BC, o diretor respondeu que o diagnóstico da autoridade monetária sobre a questão não mudou.

“Essa é uma reforma fundamental para a sustentabilidade das contas públicas, o que é fundamental para o processo de desinflação e flexibilização da política monetária. Estamos em um processo de desinflação e para isso é importante que as reformas continuem avançando”, concluiu.

Meirelles

Também em Brasília, mas em um outro evento importante, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo vai revisar a meta para 2018 na reunião do CMN que vai decidir a meta de inflação de 2019 no mês de junho.

“Nós vamos definir em junho a meta de inflação para 2019 e vamos revisar a meta de 2018 para saber se justificaria alguma mudança”, afirmou, ao chegar na Câmara dos Deputados para participar de audiência pública sobre a reforma da Previdência.

“A princípio, estamos aguardando os dados de inflação e a evolução das expectativas. Temos ainda algum tempo para tomar uma decisão com segurança”, acrescentou o ministro da Fazenda.