As mudanças anunciadas na diretoria do Banco Central do Brasil tiveram caráter absolutamente técnico e a escolha dos nomes foi natural, afirmou nesta segunda-feira (29) o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Em entrevista exclusiva ao Agência Estado no Ar, programa que marca a estréia da Agência Estado na programação da rádio Eldorado, ele negou que as indicações distanciem a autoridade monetária do mercado financeiro, como avaliam alguns analistas.
Meirelles destacou que Paulo Sérgio Cavalheiro, atual diretor de Fiscalização, também é funcionário de carreira do banco. Para o lugar dele, o presidente indicou Alvir Alberto Hoffmann, que está no BC desde 1978 e ocupou o cargo de consultor da Diretoria de Fiscalização. "Pela experiência na área, ambos são candidatos naturais à função", considerou.
O mesmo critério, segundo o presidente do BC, é válido para Anthero de Moraes Meirelles, que ocupará o cargo de diretor de Administração no lugar de Antonio Gustavo Matos do Vale. "Portanto, não há nenhum tipo de surpresa. As indicações são absolutamente técnicas e baseadas na meritocracia", ressaltou.
Em relação à diretoria internacional, que será ocupada por Maria Celina Berardinelli Arraes, Meirelles explicou que a reestruturação na área fez com que o perfil de profissional mais adequado para o cargo também fosse o de um funcionário de carreira. Ela trabalhou durante 25 anos no BC, onde ocupou, entre outros, a Secretaria Executiva.