A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) afirmou, em nota, que a mudança da desoneração da folha, anunciada nesta sexta-feira, 27, preocupa “muito” o setor. “Nos últimos dois anos essa era a única demanda do setor apresentada às autoridades que havia sido atendida”, disse o presidente da entidade, Eduardo Sanovicz.
De acordo com ele, a tributação em 1% representava uma economia de R$ 300 milhões anuais para as companhias aéreas, “setor que tem custos operacionais elevadíssimos, margens de lucratividade muito apertadas e cuja eficiência interna está sendo levada ao máximo”, acrescentou.
Procuradas, as duas maiores companhias aéreas do País, TAM e Gol não quiseram se manifestar. A TAM declarou apenas que “está avaliando o tema”.
Além da desoneração da folha conquistada no passado e agora perdida, o setor aéreo defende a revisão da fórmula de precificação do combustível de aviação e propõe a unificação das alíquotas estaduais de ICMS. “São demandas importantes para a continuidade da democratização do transporte aéreo iniciada em 2002. Por isso, a medida anunciada hoje vai na contramão desse debate”, conclui Sanovicz.