Brasília (AE) – O governo deverá decidir até quinta-feira da próxima semana o sucessor de Pedro Jaime Zil-ler na presidência da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No dia 6 de janeiro vence o mandato de Ziller no cargo de presidente, para o qual foi nomeado no início de 2003 para um período de um ano. Saindo da presidência, ele deverá permanecer no conselho diretor da Agência, já que tem mandato até janeiro de 2008. Ele até poderia ser reconduzido ao cargo, mas, segundo fontes, essa não é a intenção do ministro das Comunicações, Eunício Oliveira.
A opção deverá ser por um dos integrantes do conselho diretor da Anatel, mas ainda não há decisão sobre o assunto. Entre os cotados estão Elifas Gurgel do Amaral, Plínio de Aguiar Júnior e José Leite Pereira Filho. Os dois primeiros foram indicados por Eunício e assumiram os cargos no mês passado. Leite é remanescente da equipe do governo anterior, mas, segundo fontes, tem a simpatia de Eunício, que é seu conterrâneo, e de outros caciques do governo. Ele tem mandato como conselheiro até novembro de 2007 e se for indicado para a presidência, deverá ser por um ano.
Amaral seria o sucessor natural de Ziller, mas tem um mandato curto como conselheiro, até 4 de novembro de 2005. Ele foi indicado para completar o mandato de Luiz Guilherme Shymura, que deixou a Anatel no início de 2003. A torcida na ala sindical do governo é por Plínio, que assumiu no mês passado para um mandato de cinco anos e é próximo de Zil-ler, que também foi apoiado por sindicalistas. Ambos integraram, como secretários, a equipe do ex-ministro Miro Teixeira no Ministério das Comunicações. Mas essa veia sindical pesa contra ele.
Também haverá substituição na presidência da Agência Nacional do Petróleo (ANP), uma vez que o mandato do atual presidente, Sebastião do Rego Barros, vence no dia 15 de janeiro próximo. Pela legislação, Rego Barros poderia ser reconduzido à presidência da ANP, mas divergências públicas com Dilma, tornaram improvável sua recondução.
Para o cargo, continua sendo cotado o nome do diretor Haroldo Lima, ex-deputado federal pelo PCdoB e indicado pelo atual governo para um mandato de cinco anos na agência, até dezembro de 2007. De qualquer forma, o governo terá que indicar dois nomes para a diretoria da agência do petróleo: um para substituir Rego Barros e outro para a vaga de Luiz Horta, que está aberta desde início deste ano.