O abate sanitário de bovinos sem documentação oficial sobre a origem está valendo a partir de hoje nos municípios de toda a fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. A medida é válida no extremo sul do Estado, onde 700 quilômetros de estradas separam o MS do País vizinho. “Nós vamos abater os animais suspeitos, sem nenhuma comunicação ao proprietário, seja ele do lado paraguaio ou não”.

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A informação é do superintendente federal de Agricultura e Pecuária, Orlando Baez. “Quando for identificado um rebanho bovino irregular, não interessa saber se é procedente do Paraguai ou de algum pecuarista da região, se estiver do lado brasileiro será sacrificado. Os animais são apreendidos e encaminhados para o abate em qualquer frigorífico mais próximo do local da apreensão, desde que o estabelecimento tenha inspeção federal”.

Produtos de origem animal de um modo geral serão apreendidos em caso de trânsito irregular. “A mesma providência será adotada em relação aos vegetais, principalmente milho. Está entrando muito milho produzido no Paraguai e existe uma significativa movimentação da safra brasileira dessa mercadoria. Dessa forma, fica mais garantido o trabalho policial e técnico das equipes que estão atuando na fronteira do extremo sul do MS”.

“Apesar de existir um forte esquema de segurança nas barreiras sanitárias, não podemos deixar passar nenhuma ameaça de contaminação, surgida a partir da identificação do foco de febre aftosa no Paraguai. A partir de amanhã iniciaremos reuniões com todos os segmentos do setor, como frigoríficos sindicatos rurais, pecuaristas, para expor essa situação. É bom deixar todos atentos sobre as medidas que estão vigorando”.

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Os participantes desses encontros receberão também as orientações sobre o tráfego de animais vivos e produtos que oferecem risco de contaminação. O governo do Estado fornecerá guia de trânsito com o itinerário descrito. Caso a mercadoria esteja fora da rota assinalada na expedição da autorização, será apreendida, sem apelação conforme ainda Orlando Baez.

São 25 equipes de técnicos da Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário.

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Entre esses profissionais trabalham grupos de inteligência, percorrendo os 700 quilômetros da divisa com o Paraguai, diuturnamente. A barreira sanitária conta também com as Forças Armadas, policiando até mesmo o Rio Paraguai, uma das rotas de contrabandos.