O sacrifício sanitário de 205 animais no último domingo colocou fim ao abate de bovinos contaminados ou que tiveram contato com a febre aftosa, em Japorã, Mato Grosso do Sul, a 464 quilômetros de Campo Grande. O total de animais sacrificados é de 354, sendo 149 somente na Fazenda Medianeira III, onde foi identificado um foco da doença na semana passada. Bois, vacas e bezerros de outras quatro propriedades vizinhas também foram mortos.
Segundo o diretor-presidente da Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) João Cavalléro, não haverá mais abates sanitários em Japorã. ?A partir de agora vamos realizar a operação rescaldo, que é a eliminação de qualquer vestígio do vírus, com incineração de material suspeito, limpeza completa de estábulos e cocheiras, entre outras medidas do gênero. Acredito que essa etapa está vencida e vamos reforçar a vigilância para que não ocorram mais problemas.?
Com o surgimento de mais um foco da doença, começa-se a contar novo prazo para que o Mato Grosso do Sul volte a exportar. Segundo normas da Organização Mundial da Saúde Animal, o estado recupera o status de livre de febre aftosa seis meses após o abate do último animal suspeito.
Impactos negativos
A região já sofria os impactos negativos de um foco de aftosa que surgiu em outubro do ano de 2005 na Fazenda Vezozzo, situada no município de Eldorado, vizinho de Japorã. As medidas de contenção e combate obrigaram a interdição sanitária em outros três municípios da área, o que gerou desempregos e uma série de dificuldades, principalmente para os pequenos produtores rurais que se mantêm com a venda de leite de vaca.
O Estado do Mato Grosso do Sul considerou a situação um estrangulamento econômico, sofrido depois que o trânsito de animais foi restrito e a comercialização de carne e leite dos produtores da região, suspensa. Diante desse quadro, decretou situação de emergência nos municípios de Japorã, Eldorado e Mundo Novo. (Das agências)