MPEs paulistas faturaram menos em setembro, diz Sebrae

O faturamento das micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas caiu 1,3% no mês de setembro ante o igual mês de 2012 por causa do ritmo fraco da economia, de acordo com a pesquisa mensal Indicadores divulgada nesta quinta-feira, 21, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP). A queda chegou a 7,9% na passagem de agosto para setembro. No entanto, segundo o levantamento, no acumulado de janeiro a setembro, houve aumento de 2,5% no faturamento sobre igual período do ano passado.

A receita total das MPEs paulistas ficou em R$ 45,4 bilhões em setembro, R$ 578 milhões a menos do que o registrado em setembro de 2012, e R$ 3,9 bilhões abaixo do resultado apurado em agosto deste ano. “O crescimento modesto da economia do País em 2013 e a base forte de comparação contribuíram para a diminuição no faturamento das micro e pequenas empresas em setembro”, destacou o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano, em nota. A base forte de comparação a que ele se refere é a alta de 10,6% na receita real dos pequenos negócios em setembro de 2012 ante igual mês de 2011.

Entre os setores analisados, o desempenho foi negativo na indústria (-0,9%) e nos serviços (-6,2%) no período acima. Já o comércio apresentou alta de 2,6% na mesma base comparativa. “A indústria tem perdido competitividade, porém o bom nível do consumo interno sustentou as vendas das micro e pequenas empresas do comércio”, de acordo com Caetano. Para o Sebrae-SP, a retração nos serviços teve influência negativa da base forte de comparação, uma vez que o setor registrou alta de 13,6% em setembro de 2012 ante setembro de 2011.

Regiões

Por região, apenas o Grande ABC teve desempenho positivo, com crescimento de 3,2% no faturamento em setembro ante igual mês do ano passado. Houve queda de 0,6% na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), 2% no interior e 1% na capital paulista.

“O desempenho das micro e pequenas empresas deve acompanhar a tendência da economia brasileira, ou seja, deve apresentar uma evolução mais contida do faturamento no segundo semestre deste ano”, segundo o consultor do Sebrae-SP, Pedro Gonçalves.

A pesquisa ouviu 2.716 MPEs do Estado de São Paulo, distribuídas em indústria de transformação (10%), comércio (53%) e serviços (37%). No estudo, as MPEs são definidas como empresas de comércio e serviços com até 49 empregados e empresas da indústria de transformação com até 99 empregados, com faturamento anual bruto de até R$ 3,6 milhões.

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