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Porto de Paranaguá, um dos corredores de escoamento das vendas externas. |
Brasília – O movimento total de cargas nos portos brasileiros, marítimos e fluviais, cresceu 6,6% no ano passado, passando de 649,4 milhões de toneladas em 2005 para 692,3 milhões de toneladas. A movimentação de contêineres, em particular, teve um crescimento bem mais expressivo. Em termos de toneladas, houve um salto de 51,86%, saindo de 41,67 milhões de toneladas para 63,28 milhões de toneladas movimentadas em contêineres.
Em unidades, os portos brasileiros movimentaram 3,85 milhões de contêineres em 2006, 7,6% a mais do que no ano anterior. Os dados fazem parte de balanço da atividade portuária elaborado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Os números incluem qualquer tipo de embarque ou desembarque de mercadorias nos portos, relativos a exportações, importações e também à navegação de cabotagem.
O superintendente de Portos da Antaq, Celso Quintanilha, comentou que, apesar de os números expressarem um fato positivo – o crescimento do volume de transações comerciais – por outro lado acentuam a preocupação com relação ao possível esgotamento da infra-estrutura portuária do País.
?Poderemos ter problemas futuramente, caso não sejam feitos investimentos na infra-estrutura dos portos?, disse Quintanilha. Segundo ele, os principais ?gargalos? nos portos brasileiros são a falta de obras de dragagem – necessárias para aumentar a profundidade do portos – e problemas nos acessos terrestres aos portos, seja por rodovia ou por ferrovia.
O balanço da Antaq mostra que, na Região Sudeste, a movimentação total de cargas nos portos cresceu 6,76%, passando de 365 milhões de toneladas para 389,7 milhões de toneladas. Entre os principais portos da região, o maior crescimento porcentual, de 12,07%, foi observado no Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro.
No Espírito Santo, o Porto de Vitória aumentou sua movimentação total em 11,67%, enquanto no Porto de Tubarão o crescimento foi de 10,12%. O Porto de Santos teve um crescimento de 8,97%, chegando a movimentar cerca de 76,3 milhões de toneladas em 2006.
No Nordeste, os embarques e desembarques totais nos portos cresceram 7,4%, chegando a 160 milhões de toneladas. O maior crescimento foi registrado no porto de Suape (PE), de 15,31%.
Nos portos instalados no Norte do País, o movimento total de cargas passou de 51,1 milhões de toneladas em 2005 para 56,6 milhões no ano passado, crescimento de 10,7%.
O principal destaque foi o porto fluvial de Santarém, que apresentou crescimento de 26,45% no embarque e desembarque de cargas. Nos portos fluviais do Centro-Oeste, a Antaq verificou uma queda de 2,07% no movimento. Também na Região Sul houve queda na atividade dos portos, de 1,4%, saindo de 84,6 milhões de toneladas em 2005 para 83,4 milhões no ano passado.
Paraná ampliou as exportações em mais de 20%
O Paraná fechou o mês de fevereiro com exportações de US$ 760 milhões. O resultado foi 20,86% maior que o verificado no mesmo período de 2006. Já as importações no mês alcançaram US$ 539 milhões, crescimento de 54,58%. Com isso, o saldo da balança comercial ficou em US$ 221 milhões.
Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria Estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Segundo o secretário Virgílio Moreira Filho, o Paraná ampliou suas vendas em fevereiro graças à ampliação das exportações de primários e de produtos de alto valor agregado, como automóveis e motores. ?O setor automotivo só ficou atrás do de farelo de soja entre os principais produtos exportados pelo Paraná?, afirma o secretário.
Outros produtos que tiveram destaque nas exportações do Paraná no mês foram o frango congelado, óleo de soja, grãos de soja, milho, injetores para motores e álcool etílico. Nas importações, lideraram produtos como óleo bruto de petróleo, automóveis, acessórios para carros, caixas de marchas e circuitos integrados.
Ano
Com exportações totais de US$ 10 bilhões (-0,21% sobre 2005) e importações com aumento de 32,04%, o Estado fechou o ano de 2006 com um saldo na balança comercial de US$ 4 bilhões. Na análise do governo do Paraná, o resultado foi positivo porque houve saldo na balança e porque o crescimento das importações demonstra fortalecimento da economia interna.
De acordo com o secretário Moreira Filho, missões empresariais e governamentais, com ênfase aos países do Mercosul e regiões onde o Estado têm fortalecido laços culturais e de negócios serão constantes em 2007. ?Encontros com empresários da Argentina, rodadas de negócios com a Polônia e vinda de representantes da região francesa de Rhône-Alpes estão entre algumas iniciativas já marcadas para o primeiro semestre deste ano?, adianta. (AEN)