Movimento em Paranaguá chega a 24,5 milhões de toneladas. |
O total de mercadorias movimentadas pelos portos de Paranaguá e Antonina já é maior que o volume registrado nos 10 primeiros meses do ano passado. Segundo balanço divulgado pelo porto, de janeiro até a última sexta-feira (24) haviam sido movimentadas 24,5 milhões de toneladas 720 mil a mais que as 23,7 milhões de toneladas registradas no mesmo período de 2001.
“A expectativa é fechar o ano com crescimento de 5%”, disse o diretor empresarial do Porto, Lourenço Fregonese. “O resultado pode ser considerado muito bom, já que supera até mesmo o recorde de 2001, quando o porto movimentou 28 milhões de toneladas, um incremento de 35% em relação ao ano anterior”, explicou.
As exportações de soja em grão por Paranaguá somam 5 milhões de toneladas, com crescimento de 5% em relação às 4,8 milhões de toneladas do ano passado. A previsão é que o volume aumente ainda mais, já que o escoamento deste produto, assim como farelo, açúcar e milho, deve prosseguir durante todo o mês de novembro.
O volume embarcado de farelo de soja já é maior em 15%. Até agora, foram exportadas 4,6 milhões de toneladas de farelo contra 4 milhões de toneladas do ano passado. O crescimento nos embarques de açúcar já chega a 24% -passando de 1,5 milhão para 1,9 milhão de toneladas. Outro destaque são as importações de fertilizantes, utilizados nas lavouras do Estado. Neste ano, foram desembarcadas no Porto 3,5 milhões de toneladas- 20% a mais que as 2,9 milhões do ano passado.
Os maiores
O crescimento mais notável se dá no segmento de carga geral. No total, a movimentação de mercadorias como café, madeira, papel, couros e congelados já chega a 406 mil toneladas com aumento de 75% em relação ao mesmo período do ano passado que foi de 233 mil toneladas.
Um dos destaques é o papel. A movimentação deste produto cresceu mais de 100% – passando de 116 mil para 241 mil toneladas. O resultado da movimentação de madeira é também bastante positivo, com aumento de 40%: foram movimentadas até agora 990 mil toneladas, contra as 707 mil registradas no mesmo período do ano passado. As exportações de couro cresceram 187% – de 8 mil para 23 mil toneladas.
As exportações de veículos estão menores, resultado compatível com a retração ocorrida no setor, em todo o mundo. Até agora, o porto de Paranaguá embarcou 43.042 unidades, número 14% menor que as 50.449 embarcadas em 2001. Há também pequena retração de 6% – nos embarques de contêineres: 108 mil para 101 mil TEUS (medida baseada em um contêiner de 20 pés).
Recorde graças ao milho
No ano passado, o Porto de Paranaguá bateu um recorde histórico, com a movimentação de 28 milhões de toneladas. Um produto que contribuiu muito para esse resultado foi o milho, cujas exportações ultrapassaram a 3 milhões de toneladas. Neste ano, em função das condições de mercado, houve retração na produção e, em conseqüência, também nas vendas externas que somam até agora 1,6 milhão de toneladas.
No geral, a movimentação do porto não só aumenta como também se diversifica. A política do Governo do Paraná para modernizar a estrutura portuária garantiu aos terminais de Paranaguá e Antonina grandes avanços.
De 1995 para cá, os investimentos feitos pelo Governo e pela iniciativa privada somam R$ 485 milhões. Em Paranaguá, foram implantados os terminais privados de movimentação de contêiner, de importação de fertilizantes, de veículos e de movimentação de açúcar a granel.
O setor de exportação de granéis (grãos, farelos e açúcar) recebeu R$ 53 milhões, feitos pelos terminais privados Coinbra, Cargill, CBL e Coamo. O governo investiu R$ 70 milhões em equipamentos para o Corredor de Exportação – por onde é feito o escoamento da safra agrícola.
O Porto de Antonina foi recuperado, tornando-se o terminal marítimo brasileiro que mais recebeu investimentos privados nos últimos anos: R$ 179 milhões. A maior parte dos recursos foi aplicada no terminal privado Ponta do Félix, operado pela iniciativa privada.
A implantação do terminal, a instalação da câmara frigorificada e mais o aprofundamento do canal (para permitir atracação de navios de maior porte) consumiram R$ 173 milhões. O restante foi aplicado no antigo terminal Barão de Teffé, que continua público, mas teve sua operação transferida para a empresa Interportos.