Movimento na aviação doméstica caiu 3% em setembro

Más notícias para as companhias aéreas nacionais. Em setembro, pela primeira vez no ano, o movimento de passageiros na aviação doméstica caiu mais do que no transporte internacional. O movimento dentro do País foi 3% menor em setembro, em relação ao mesmo mês de 2001. Já a demanda no tráfego internacional, inibida pela alta do dólar, caiu 1 3%.

No acumulado do ano de janeiro a setembro, a aviação doméstica manteve expansão de 3,2% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a internacional teve queda de 4,8%. Os números foram divulgados hoje (7) pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).

A análise dos dados do Snea demonstra que o mercado para o setor aéreo começa a apresentar retração em vôos domésticos, contrariando previsões feitas pelo setor no início do ano. No ano passado, a aviação doméstica havia crescido 11,8% em setembro.

Em todo o ano passado, a aviação nacional cresceu 9% e esperava-se para este ano uma expansão de 5%, pelo menos. Atingida pelos atentados terroristas nos Estados Unidos, a demanda na área internacional encolheu 6% no ano passado.

TAM e Varig – Os números do Snea de setembro revelam que a TAM perdeu mercado com a devolução de aeronaves Fokkers e abandono de rotas em setembro, fazendo com que o Grupo Varig aumentasse sua vantagem como líder. A TAM teve em setembro 33 47% de market share, enquanto o Grupo Varig (que reúne Varig, Rio Sul e Nordeste) ficou com 39,91%.

Já a Vasp, que chegou a perder a posição de terceira companhia aérea doméstica para a Gol em abril, melhorou sua posição, fechando setembro com fatia de 13,24% do mercado. A Gol mantém-se como a quarta maior companhia aérea nacional, com 12% de participação.

De maneira geral, todas as companhias pioraram nos índices de produtividade dos vôos no mês passado. Entre as quatro líderes, o Grupo Varig apresentou o melhor índice, com 59% dos assentos ocupados em setembro. Em seguida veio a Gol, que voou durante o m ês com 58% de ocupação. A Vasp teve 54% de produtividade e a TAM apresentou o pior índice do mercado, com 48%.

Internacional – Sem os vôos internacionais da Vasp e Transbrasil e com a decisão da TAM de cortar rotas, a Varig aumentou ainda mais seus números no setor internacional. Ela teve em setembro 90% de market share no transporte internacional de passageiros, índice acima do s 82% que detinha em setembro de 2001. O índice de ocupação nos vôos foi de 71%.

A TAM ficou com market share de 9,94% e ocupação de 52% nos vôos. Em setembro de 2001, ela tinha participação de 16,75% nesse mercado. Os números do Snea incluem apenas as companhias de transporte de passageiros nacionais que voam para o Exterior.

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