Morreu na manhã desta quarta-feira, 7, o ativista, poeta e ensaísta John Perry Barlow, fundador da Electronic Frontier Foundation (EFF), organização dedicada aos direitos digitais. A notícia foi divulgada pela própria EFF na noite desta quarta – as causas da morte ainda não foram divulgadas.

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Nascido em 1947, Barlow é o autor de ensaios e artigos que ajudaram a forjar os princípios básicos por trás da internet, como a “Declaração de Independência do Ciberespaço”, que defendia que a internet deveria ter uma soberania própria, longe do poder de coerção física exercido pelos Estados, e “Vendendo Vinho Sem Garrafas”, que defenderam a liberdade de expressão e a economia das ideias que surgiram com a rede mundial de computadores.

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“Não é exagero que partes importantes da internet que conhecemos e amamos existem hoje por conta da visão de Barlow”, disse Cindy Cohn, presidente executiva da EFF, no texto em que anunciou sua morte. “Ele sempre viu a internet como um local de liberdade, onde vozes há muito silenciadas poderiam encontrar seu público e na qual pessoas poderiam se conectar com as outras independentemente da distância física.”

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Barlow fundou a EFF em 1990, ao lado de John Gilmore e Mitch Kapor – há 27 anos, a entidade defende as liberdades civis na internet. Ele foi ainda um dos principais mestres do ativista Aaron Swartz, companheiro de quarto de Sean Parker (fundador do Napster e um dos primeiros investidores do Facebook) e um dos primeiros usuários do Orkut – por ser próximo ao ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, Barlow mandou todos seus convites do Orkut ao Brasil, em 2003. Dois anos depois, o País já tinha se tornado uma das maiores populações da rede social.

Antes de se dedicar à internet, Barlow foi também um dedicado letrista do rock – entre suas composições, estão “Mexicali Blues”, “Cassidy” e “Black-Throated Wind”, todas gravadas pela banda de rock Grateful Dead.