O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, voltou a defender neste domingo a privatização da Eletrobras pelas redes sociais, depois de ter autorizado uma campanha publicitária que foi alvo de críticas por utilizar argumentos como dizer que a venda da estatal é necessária para evitar aumentos de tarifas de energia elétrica, e de que apagões poderiam impedir o brasileiro de ver os jogos de futebol, como a Copa do Mundo.

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Segundo ele, em mensagem no twitter, “sem energia elétrica não podemos nos comunicar, nos informar, tampouco chamar um táxi ou nos mover nas grandes cidades, pois os carros serão elétricos. Por isso precisamos de uma Eletrobras moderna e sólida”, e aponta como o caminho a ser seguido a primeira estrada elétrica do mundo que foi inaugurada na Suécia no ano passado.

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A primeira pista elétrica na Suécia tem 2 quilômetros de extensão e foi construída para reduzir a dependência do país dos combustíveis fósseis. A estrada permite aos carros elétricos recarregarem suas baterias durante a passagem pelo trecho, que possui trilhos eletrificados. A tecnologia possui uma espécie de braço móvel que se conecta na parte inferior dos veículos em movimento e desliza junto com eles, permitindo a recarga elétrica.

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No Brasil, segundo dados a Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o licenciamento de carros elétricos contribuíram com 0,2% do total no total dos licenciamentos de março, enquanto os de carros flex fuel (gasolina e etanol) foram 88% do total. Até dezembro de 2016, foram licenciados no total acumulado no País menos de 3,5 mil veículos.

Em estudo do próprio governo feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que visa o horizonte de 2026, o desenvolvimento da indústria de carros elétricos no Brasil é visto com reservas, em razão do alto preço da sua aquisição pelo consumidor, entre outros motivos. A EPE lembra que mesmo em países e regiões com elevado nível de renda, a disseminação de tecnologias veiculares híbridas e elétricas tem sido baseada em forte estrutura de incentivos governamentais.

“É difícil pensar em tais incentivos no Brasil nos próximos anos em função das restrições fiscais e orçamentárias. Ademais, caso se opte por políticas públicas de desenvolvimento de novas tecnologias veiculares no país, é razoável supor que essas serão direcionadas para o desenvolvimento de plataforma para veículo híbrido flex fuel”, afirma o estudo da EPE, levando em conta a vocação do Brasil para o uso de etanol, estimulado por programas como o RenovaBio.