Quem for viajar para Santa Catarina ou São Paulo pela BR-116 terá que pagar tarifa de pedágio. A próxima praça administrada pela concessionária Autopista Planalto Sul começa a operar, a partir deste domingo, em Santa Cecília-SC, cobrando uma tarifa de R$ 2,70. Outras duas praças, na interligação Curitiba-Joinville, entram em operação até o final deste mês. A Autopista Planalto Sul já vem operando com outra praça, no quilômetro 235, em Corrêa Pinto – numa região próxima a Lages – desde 18 de dezembro, cuja tarifa também é de R$ 2,70.
Para São Paulo, as praças de pedágio estão em Campina Grande do Sul/PR (cuja cobrança começa em março), outra em Itapecerica da Serra e a terceira em Cajati, já em São Paulo, ambas já em funcionamento.
Já para quem for para o litoral sul do Paraná, ou para Joinville, terá que pagar R$ 2,20 para chegar ao destino. De acordo com a concessionária Autopista Litoral Sul, que administra as rodovias BR-101 e BR-376, num prazo de 15 dias entram em operação as praças de São José dos Pinhais e Garuva. Cada praça vai cobrar uma tarifa de R$ 1,10 para carros e R$ 0,55 para motocicletas.
Mesmo com duas praças, a viagem pela interligação que leva ao litoral sul do Paraná custará menos do que 20% do valor pago para rodar na BR-277 entre Curitiba e o litoral, cuja tarifa é de R$ 12,50.
Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná (Setcepar), Fernando Klein Nunes, a disparidade de valores evidencia um “abuso” na cobrança. “Isso mostra que uma praça mais antiga e que administra um trecho menor pratica um preço muito caro e fora da realidade. Pelo valor que é cobrado, a pista deveria estar um tapete.”
Segundo Nunes, as boas condições das rodovias de concessão privada são evidentes, porém, “nada que justifique o alto preço que a sociedade paga”.
A Autopista Litoral Sul ressalta que, desde o início do período de pré-operacionalização, foram feitas obras iniciais de manutenção, sinalização e roçada da vegetação às marges das rodovias, a fim de garantir a segurança dos usuários.
A concessionária, que não divulga o valor investido, também comenta que existem obras para serem concluídas dentro de um prazo de quatro anos, o que poderá melhorar ainda mais as condições das pistas.
De acordo com a Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias, foram investidos mais de R$ 1,5 bilhão em rodovias privatizadas no Paraná. Referentes a restauração, duplicação, terceiras faixas, implantação/recuperação de acostamentos, recuperação de pontes e viadutos e construção de passarelas.