Em meio às discussões sobre a criação de uma banda de flutuação para a meta fiscal, a equipe da agência de classificação de risco Moody’s terá reuniões com a equipe econômica a partir desta quarta-feira, 15, dentro do processo anual de reavaliação da nota de risco de crédito soberano do Brasil, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Às vésperas da eleição presidencial do ano passado, a agência rebaixou de estável para negativa a perspectiva da nota do País, mas manteve o selo de “grau de investimento”.
Amanhã pela manhã, os técnicos da Moody’s serão recebidos por diretores do Banco Central. É possível que o presidente da instituição, Alexandre Tombini, também participe do encontro.
No Ministério da Fazenda, a reunião deve ser realizada na quinta-feira. Na pasta, o grupo desse tipo de empresa costuma conversar com técnicos da Secretaria de Política Econômica (SPE), Tesouro Nacional e Receita Federal. A equipe da Moody’s também manterá diálogo com o ministro Joaquim Levy.
O propósito desse tipo de encontro é obter informações atualizadas sobre a economia do País e averiguar os projetos futuros do governo. Um dos pontos mais observados pelas agências de classificação é o comprometimento com o superávit primário. A meta atual da equipe econômica é economizar R$ 66,3 bilhões, o que seria o equivalente a 1,13% do Produto Interno Bruto (PIB), mas já há discussões para flexibilizar essa meta ou até criar uma banda similar a que já existe no regime de metas de inflação.
Em março, a agência Fitch esteve em Brasília com o mesmo propósito. Além da Moody’s, no ano passado, a Standard & Poors também movimentou a nota do Brasil. Estas são as três maiores empresas do setor no mundo.