A Moody’s rebaixou o rating da China de Aa3 para A1, além de mudar a perspectiva da nota de negativa para estável. A agência afirma que o rebaixamento reflete a expectativa de que a força financeira do país irá erodir gradualmente ao longo dos próximos anos, com a dívida na economia como um todo continuando a crescer, enquanto o crescimento potencial desacelera.
“Embora o progresso atual nas reformas deva transformar a economia e o sistema financeiro com o tempo, isso não deve impedir uma elevação material da dívida na economia em geral e o consequente aumento nos passivos contingentes para o governo”, afirma a agência.
Já a perspectiva estável reflete a avaliação de que, no nível do rating A1, os riscos estão equilibrados. “A erosão do perfil de crédito da China será gradual e, nós esperamos, por fim contidas conforme as reformas se aprofundam”, aponta a agência. A força do perfil de crédito da China permitirá que o rating soberano permaneça resistente a choques negativos, com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) provavelmente mantendo-se em patamar forte na comparação com outros soberanos, com espaço ainda considerável para a política se adaptar e apoiar a economia e com uma conta de capital em grande medida fechada.
A Moody’s diz que a dívida crescente irá erodir as métricas de crédito da China, com um crescimento econômico robusto cada vez mais dependente do estímulo político. A agência prevê que o PIB da China desacelere para perto de 5% ao longo dos próximos cinco anos.