economia

Moody’s estima que construção civil só terá inflexão em 2018 no Brasil

O setor de incorporação imobiliária no Brasil deve apresentar alguma melhora em 2017 e chegar a uma virada mais consistente nos resultados só a partir de 2018, de acordo com avaliação da Moody’s. Em relatório distribuído nesta quarta-feira, 7, a agência traça um panorama sobre a atividade de construção na América Latia e avalia que o setor está enfraquecido no Brasil, enquanto em outros países da América Latina, como México e Argentina, o mercado está mais propício a investimentos.

A Moody’s ressalta que o mercado imobiliário enfrenta uma perspectiva desafiadora no Brasil, onde a contração iniciada em 2012 no segmento de incorporação se agravou a partir de 2015 por conta do quadro recessivo da economia. Os estoques de imóveis permanecem elevados e, embora uma recuperação parcial e gradual seja provável no próximo ano, uma reviravolta completa não ocorrerá até meados de 2018.

A expectativa da agência é que a receita das incorporadoras nacionais oscile entre queda de 10% e alta de 10% em 2017 e 2018, com margem bruta ajustada em torno de 22% a 28%. Já os lançamentos de novos projetos devem ficar acima de 2016, que foi um ano fraco.

“Limitações fiscais e a economia em fase de recuperação continuarão sendo um desafio no Brasil,” afirma a vice-presidente e analista sênior da Moody’s, Cristiane Spercel, no relatório. “A redução das incertezas políticas, porém, pode renovar o interesse por projetos de infraestrutura”.

Embora a Moody’s preveja que a economia brasileira se recuperará de sua profunda recessão em 2017, a retomada do crescimento provavelmente será neutra uma vez que alguns obstáculos relacionados ao período de contração da economia permanecerão.

Outros países

Já na Argentina, a agência estima que a melhora no sentimento do investidor, resultante do governo relativamente novo, deve ajudar o investimento. No entanto, as condições de crédito no curto prazo permanecerão desafiadoras por conta da inflação elevada e do arcabouço regulatório ainda em desenvolvimento.

No Peru, Colômbia e Panamá o forte investimento em infraestrutura prosseguirá e o ambiente de negócios amigável continuará sendo um atrativo para companhias de engenharia e construção. No México e no Equador, os cortes orçamentais em 2016 diminuirão os gastos públicos com infraestrutura em 2017, mas os investimentos privados continuarão em andamento.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo