Representantes da agência de classificação de risco Moody’s tiveram reuniões no Ministério da Fazenda esta semana e alimentaram a expectativa de que a melhora na nota do Brasil sairá logo. Segundo fontes, o comitê da agência vai se reunir este mês para definir a elevação da classificação do País. Em maio, a Moody’s pôs em revisão as notas atribuídas ao Brasil para uma possível melhora. A Moody’s é a única das três grandes agências de risco que ainda mantém o Brasil a dois níveis do grau de investimento. As notas da Standard & Poor’s e da Fitch põem o Brasil a apenas um passo do grau de investimento.
Fortes rumores circularam ontem no mercado financeiro sobre a possibilidade até de a Moody’s sair na frente da Standard & Poor’s e da Fitch e conceder um duplo upgrade, elevando a nota brasileira diretamente para o grau de investimento. A Fitch e a S&P elevaram a nota brasileira em maio. O grau de investimento é uma espécie de selo de qualidade para os investidores aplicarem dinheiro no país. Ele sinaliza aos investidores que o risco de calote é pequeno. Além da China, vários países com economias emergentes, como o México, Chile e Rússia já receberam o grau de investimento.
Analistas da Moody’s tiveram conversas reservadas com representantes do Tesouro Nacional e das Secretarias de Política Econômica e de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. Eles destacaram os avanços macroeconômicos, sobretudo das contas externas, que têm permitido a redução da vulnerabilidade do País. A dívida interna, porém, é apontada como uma das fragilidades do Brasil ainda a ser reduzida.