O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, afirmou nesta terça-feira, 24, que o Plano Nacional de Exportação será divulgado até o fim da primeira quinzena de março e que não há dúvidas sobre a manutenção do Reintegra. Ele reconheceu, entretanto, que há dificuldades fiscais.

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“Evidentemente temos compreensão de que neste momento há quadro de forte restrição fiscal. As medidas de ajustes estão sendo tomadas em várias direções e isso tem custo do ponto de vista das escolhas que têm que ser feitas”, disse. “Nosso entendimento é que esse mecanismo tem que ter permanência, porque ele é uma compensação oferecida ao setor exportador. É uma forma de compensar resíduos tributários ao longo da cadeia de exportação”, defendeu.

Monteiro disse que o governo definirá “dentro do quadro de restrições o que será possível fazer ano a ano”, em referência às alíquotas. “Estamos trabalhando nisso (Reintegra) e vamos definir isso, porque é elemento fundamental do plano de exportação. Não há como anunciar o plano sem essa definição”, disse. “Não há impasse. Não tenho dúvida sobre manutenção do Reintegra. Se houver ajuste, ainda será discutido”. Ele disse, ainda, que o desafio é fazer o programa “plenamente operacional”.

Acordo automotivo com México

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Monteiro disse que pode haver ajustes no acordo automotivo com o México “tendo em vista a situação atual e a realidade do mercado automotivo”. Ele reforçou que, se houver renovação do acordo, o governo brasileiro entende que o sistema de cotas deve ser mantido. “Entendemos que esse sistema ainda é o que deve ser considerado, com ajustes”, afirmou.

“Eu tenho atitude de confiança e acho que vamos, ao final, lograr um resultado positivo, que garanta manutenção do acordo, ajustadas circunstâncias e possibilidades de cada país neste momento”, disse. “Neste momento, estamos em plena discussão. Houve uma primeira reunião aqui no Brasil e haverá uma segunda no México.”

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