As montadoras preparam uma nova rodada de reajustes em suas tabelas de preços. Depois dos repasses feitos em janeiro, as novas correções serão pressionadas pelos aumentos da alíquota da Cofins -de 3% para 7,6% a partir deste mês – e do preço do aço, 12% mais caro desde o mês passado. Além disso, o benefício fiscal que reduziu em 3 pontos a alíquota do carro zero acaba no final do mês. A diferença tributária também deve ser repassada para o consumidor em março.

A primeira montadora a repassar os novos custos para o consumidor foi a Fiat. Os carros da montadora de origem italiana estão 2% mais caros desde ontem na rede concessionária. Segundo a Fiat, o reajuste foi motivado por “aumentos diversos”, como a Cofins que incide sobre o frete do automóvel.

Outras montadoras informaram que não têm previsão sobre novos reajustes para os próximos dias. No entanto, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) informou que o impacto do aumentos do aço nos custos de produção deve ser repassado para os preços finais.

Em carta enviada ao governo, entidades de representação do setor industrial alertam sobre o impacto do aumento do aço sobre a inflação.

“Os aumentos de preços do insumo, da ordem de 75% nos últimos 24 meses, afetarão os preços para o consumidor, podendo, inclusive, ameaçar a meta de inflação estabelecida, fundamental para a retomada de um crescimento sustentado para o país”, diz o documento que é assinado pela Anfavea, Abinee, Abimaq, Eletros, Sindipeças, Sindiforja e Sindicatos de Laminação e Trefilação, de Artefatos de Ferro, de Refrigeração e de Parafusos.

Estes setores respondem por cerca de 30% do consumo nacional de aço, adquirindo mais de 5 milhões de toneladas por ano.

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