As fabricantes chinesas Lifan e Geely mantêm projetos de fabricar carros no País, apesar da recessão vivida pelo setor, que terá o segundo ano seguido de queda nas vendas. Segundo o presidente da Geely, Ivan Fonseca e Silva, a fábrica do grupo, que é dono da Volvo, deve ser anunciada nos próximos meses. “Estamos estudando que produto faremos, o tamanho da fábrica e onde será instalada”, disse Silva, ao apresentar ontem os modelos importados da marca no Salão do Automóvel.

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O diretor geral da Lifan no País, Mark Timber, afirmou que, em três anos, quando o grupo espera vender cerca de 20 mil carros no mercado brasileiro, será viável uma fábrica local. “O investimento para uma unidade com capacidade para 60 mil veículos ao ano seria de cerca de R$ 300 milhões”, diz Timber. Este ano, a Lifan deve vender 6 mil carros no Brasil, número que espera dobrar em 2015 até chegar às 20 mil unidades em 2017.

JAC

Depois de ameaçar levar sua fábrica para o Rio de Janeiro, a JAC Motors conseguiu destravar um empréstimo de R$ 120 milhões da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) e ficará mesmo em Camaçari, onde já realizou obras de terraplenagem no terreno onde o projeto, orçado em R$ 1 bilhão, será erguido.

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A obra da fábrica está atrasada em mais de um ano, o que levou a direção da JAC da China a negociar com o governo do Rio. Quando estavam perto de um acordo, em setembro, a Bahia liberou o empréstimo. “As obras começam em dezembro”, informou Sérgio Habib, empresário brasileiro que é dono de 34% das ações da empresa. “Temos três construtoras disputando o projeto, uma baiana e duas paulistas.” A previsão é de inauguração no primeiro semestre de 2016.

A Chery, primeira marca chinesa a inaugurar fábrica no Brasil em agosto, em Jacareí (SP), espera produzir 30 mil carros em 2015, ante uma previsão anterior de 50 mil unidades. Além do Celer, em versões hatch e sedã, a marca iniciará no próximo ano a produção do novo compacto QQ.

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Do volume previsto, quase 5 mil serão exportados para países da América do Sul, como Argentina, Uruguai e Chile. Segundo Luis Curi, vice-presidente da Chery, a matriz chinesa vai repassar à filial brasileira as exportações que hoje faz do Celer.

“É uma boa ajuda para quem está começando”, diz Curi. A matriz, segundo ele, fará uma “equalização” de preços para evitar que o importador pague mais caro pelo modelo brasileiro em relação ao chinês. A fábrica recebeu investimento de US$ 530 milhões que inclui uma unidade de motores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.