Uma das maiores montadoras da Índia, a Mahindra anunciou ontem sua entrada oficial no mercado brasileiro. Os primeiros veículos com DNA indiano estão sendo produzidos na Zona Franca de Manaus, graças a uma parceria com o grupo nacional Bramont, que também monta motocicletas. A Bramont investiu R$ 30 milhões na linha de montagem, com capacidade de produção de 200 unidades por mês. A Mahindra entrou com a tecnologia, baseada em custos enxutos de produção e preços mais baixos.

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Os primeiros modelos da Mahindra começaram a chegar às concessionárias no fim do ano passado, depois de meses de atraso. São duas picapes e um utilitário esportivo, com preços entre R$ 70 mil a R$ 85 mil. Segundo o diretor-comercial José Francisco de Oliveira Neto, a escolha pelos modelos visa atender a um nicho de mercado no Brasil. "Vamos atuar em um segmento que cresce acima da média no País, porém com preços mais competitivos que nossos concorrentes". Os executivos da empresa descartaram a possibilidade de produzir no Brasil os chamados veículos ultrabaratos – como o modelo de US$ 2,5 mil fabricado pela também indiana Tata

Por enquanto, apenas 11 concessionárias no País comercializam os modelos. A meta é chegar a 32 no fim do ano e aumentar a produção mensal para 300 unidades. Segundo o presidente da Bramont, Eduardo de Castro Filho, que trouxe os indianos para o Brasil, os veículos terão índice de nacionalização (porcentual de peças nacionais no produto final) de 49%, podendo chegar a 70% nos próximos três anos.

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