O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse que não sabe qual será a decisão do governo em relação à demissão de 250 funcionários anunciada pela PSA Peugeot Citroën no mesmo dia da prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros. Bernardo defendeu, no entanto, a adoção de contrapartidas pelas empresas beneficiadas com o incentivo fiscal.
“Não sei o que o governo vai fazer. O governo está tratando disso – na Fazenda e no Ministério do Desenvolvimento – e dará uma posição brevemente”, afirmou Bernardo. “Acho que tem que ter contrapartida (por parte das empresas). Foi combinado não ter demissões”, acrescentou.
O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, em entrevista também ao sair da reunião no CCBB, lamentou as demissões na Peugeot Citroën. Mas, ao responder a uma pergunta se o governo está irritado com o episódio, disse que não queria falar sobre isso.
Múcio confirmou que o governo está discutindo o assunto e afirmou que considera ultrapassada a posição de setores empresariais que entendem que demissões geram economia.