O Brasil é o único país entre os principais mercados da PSA Peugeot Citroën no mundo que ainda não dá lucro. A última vez que a subsidiária teve resultados positivos no País foi em 2011, quando as duas marcas venderam, juntas, quase 176 mil veículos.

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No ano passado foram 49 mil, um recuo de mais de 70% ante um mercado total que caiu 36% no período. “É preciso lembrar que em 2012 estávamos à beira da falência e podíamos ter parado naquele período”, afirma o presidente mundial do grupo, Carlos Tavares. Desde então, toda a companhia passou por mudanças e em 2015 as finanças globais passaram a ser positivas, inclusive nos demais países da América do Sul.

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No mundo todo a PSA vendeu no ano passado 3,63 milhões de veículos, 15,4% a mais que em 2016. Foi o quarto ano seguido de alta de vendas. Na Europa, o grupo francês detém 11% de participação no mercado e espera atingir 17% quando concluir a recuperação da Opel, marca europeia adquirida da General Motors no ano passado.

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Vulnerabilidade

“A situação do Brasil melhorou, mas ainda não está como deveria; temos de trabalhar mais”, admite o executivo.

Ele diz que, apesar da vulnerabilidade da operação local, a empresa “está aqui para ficar” e manterá o plano de recuperação da marca no País principalmente com lançamento de novos produtos.

Três deles, importados – os utilitários Jumper e Boxer (que já foram produzidos localmente) e o sedã C4 Lounge chegarão em março. Também haverá novidades em carros fabricados em Porto Real (RJ), mas o executivo não quis antecipar detalhes. Atualmente a fábrica produz os modelos Peugeot 208 e 2008 e os Citroën C3 e Aircross.

O complexo industrial tem capacidade para produzir 150 mil veículos ao ano e, em 2017, produziu 96 mil.

“Já temos um plano de lançamentos assegurados até 2023, mas cada um deles é definido um a um; se avaliarmos que é rentável, faremos”, informa Tavares, para quem hoje interessa mais o resultado financeiro da operação do que fatias do mercado. “Adoro ter participação de mercado, mas isso não paga os funcionários no fim do mês”.

O grupo não descarta importar ou até mesmo produzir localmente modelos da Opel que, por muitos anos, foram a base da produção da GM no Brasil, como o Astra e o Vectra.

A decisão também caberá ao presidente da marca na América Latina, no caso o francês Patrice Lucas, que assumiu o cargo neste mês em substituição ao também português Carlos Gomes, que assumiu os negócios da marca na China. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.