O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 1,5% em maio ante abril, estima o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB. Na comparação com maio do ano passado, a atividade econômica teve redução de 1,8% no mês de maio deste ano.

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“Na comparação contra o mesmo mês do ano anterior, no mês de maio, a economia sofreu forte queda (-1,8%) derivada dos efeitos da greve dos caminhoneiros ocorrida nos dez últimos dias do mês”, justificou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.

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O indicador antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

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Na comparação com maio do ano passado, o PIB industrial diminuiu 5,7%. A agropecuária reduziu 2,7%, e os serviços encolheram 0,5%.

Segundo Considera, o impacto da paralisação dos caminhoneiros foi mais sentido nas atividades de indústria de transformação (-9,1%) e construção (-4,5%). Nos serviços, os subsetores mais atingidos foram transportes (-14,6%) e comércio (-4,4%).

Pela ótica da demanda, o Consumo das Famílias caiu 0,3%, enquanto o Consumo do Governo ficou estável (0,0%). Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medidas dos investimentos no PIB) registrou um tombo de 7,8% em relação a maio do ano anterior. As exportações caíram 11,4%, e as importações diminuíram 4,1%.

Em relação ao mês de abril deste ano, os destaques entre as atividades foram as perdas também da indústria de transformação (-11,3%) e construção (-4,4%). Nos serviços, os setores de transportes encolheram 14,5%, enquanto o comércio caiu 3,9%.

Em termos monetários, o PIB totalizou aproximadamente R$ 2,859 trilhões em valores correntes de janeiro a maio.