O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 0,35% no trimestre móvel encerrado em agosto em relação ao trimestre móvel encerrado em maio, estima o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB. O resultado foi o menos negativo em seis trimestres consecutivos.
O indicador antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
“Apesar desta melhora na taxa trimestral, a taxa mensal (-1,61%) indica cautela quanto à velocidade de recuperação da atividade econômica”, afirmou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
Na comparação com o trimestre encerrado em agosto de 2015, o PIB apresentou queda de 3,2% no trimestre encerrado em agosto de 2016. A indústria recuou 2,4%, a taxa menos negativa desde dezembro de 2014, quando caiu 3,1%. No setor de serviços, o recuo foi de 2,9%.
No mês de agosto ante o mesmo mês do ano passado, o PIB diminuiu 3,2%, mantendo a trajetória de redução no ritmo de perdas iniciada em janeiro de 2016. Entre as 12 atividades que compõem o PIB, apenas eletricidade (+4,2%) e serviços imobiliários (+0,1%) não apresentaram recuo contra igual mês do ano anterior. Os piores resultados foram dos transportes (-8,2%), extrativa mineral (-4,4%) e intermediação financeira (-4,0%).
A taxa acumulada pelo PIB em 12 meses até agosto ficou negativa em 4,8%.