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As notícias do cenário doméstico e externo ajudaram o mercado de câmbio a registrar novo dia de baixa, ainda que modesta, refletindo a expectativa de novas captações externas. O dólar comercial finalizou o dia cotado a R$ 2,744 na ponta de venda, em retração de 0,40% sobre o fechamento anterior. Com isso, a moeda americana se mantém no nível mais baixo desde junho de 2002.

A taxa de risco-País caiu 0,46%, para 426 pontos. A cotação do título da dívida soberana C-Bond, outra referência de risco-País, subiu 0,12%. Existe a expectativa de que a taxa de risco caia abaixo dos 400 pontos nos próximos dias, o que anima o mercado a esperar uma nova onda de captações privadas no exterior.

Até o momento, profissionais de mercado ainda descartam uma intervenção do BC para aproveitar o preço da moeda americana e recompor as reservas. O motivo citado é o mesmo: o combate à inflação continua prioridade e as projeções econômicas ainda sinalizam indicadores muitos altos para 2005.

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Os indicadores inflacionários ganham importância ainda maior nesta semana. Amanhã, o BC divulga a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) que vai trazer as justificativas para a elevação da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual.

Muitos economistas destacam a retirada do termo "moderado" no comunicado pós-reunião, quando os membros do comitê qualificam o ritmo de crescimento econômico.

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Os profissionais de mercado lembram ainda que o mercado interno de câmbio acompanha a desvalorização do dólar ocorrida no restante das praças financeiras do mundo.

A moeda americana atingiu ontem a cotação histórica de US$ 1,30 frente ao euro, a unidade monetária da União Européia, e os agentes de mercado não identificam sinais de que o governo dos EUA está disposto a intervir para fortalecer o dólar.