O chefe do Departamento de Normas do Banco Central, Sergio Odilon dos Anjos, ressaltou, na manhã desta quinta-feira, 3, que o sistema de supervisão e regulação adotado pelo Banco Central é “referência mundial”. Durante palestra em evento sobre compliance organizado pela Acrefi, Odilon afirmou que o modelo de supervisão, considerado de sucesso, demonstra a “resiliência e capacidade de absorção de choques do nosso sistema financeiro”.

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Ele destacou também a importância de regulação “intralegal” do sistema financeiro nacional. “A agilidade que o regulador tem é muito diferente da exigida para fazer uma lei”, afirmou, destacado que outros países do mundo não possuem essa regulação “intralegal”. “Nós pudemos fazer nossa ação imediata pós-crise por meio de resoluções e circulares em sua maioria”, afirmou, classificando como um “modelo de sucesso”.

Odilon afirmou ainda que a regulação de conduta ganha cada vez mais importância atualmente e que o Banco Central estimula que as associações e instituições “desenvolvam sistemas de autorregulamentação”.

“O departamento de normas foi criado em 1985 no Banco Central, efetivamente quando se notou a necessidade de ter um tratamento diferenciado e foco especifico regulador”, afirmou. De acordo com ele, entre 1985 e início dos anos 90, com a situação de hiperinflação, a atuação do departamento do Banco Central era simplesmente de “reação” ao que acontecia, comportamento que mudou ao longo do tempo.

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“Fizemos uma evolução normativa. As normas pretendem passar conceitos para que os bancos entendam do que se trata o assunto, as coisas são muito mais detalhadas”, afirmou.

Ao mencionar os pilares da regulação do sistema financeiro nacional, Odilon destacou o estímulo à concorrência do setor financeiro, redução de assimetrias e neutralidade e equilíbrio.

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“Temos 2.330 normas em vigor. Estamos fazendo trabalho no Banco Central de olhar regras dentro desse universo que eventualmente estejam caducas, o que tem que ser feito periodicamente”, disse.