O ministro do Planejamento, Romero Jucá, afirmou nesta terça-feira, 17, que o setor elétrico será repensado, de forma que possa ter estabilidade e atraia novos investimentos. Jucá participou da abertura do XXVIII Fórum Nacional, evento promovido pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, no Rio.

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“O setor elétrico será todo repensado, não na questão de privatização, mas na questão de uma modelagem que possa ser equilibrada, que possa ter estabilidade e possa atrair novos investimentos”, disse ele.

O ministro contou que a equipe do governo teve uma reunião na segunda-feira com a diretoria da Eletrobras. A companhia acumula prejuízos bilionários desde 2012 e corre risco de ter suspensa a negociação de suas ADRs (American Depositary Receipts) na Bolsa de Valores de Nova York. Se acontecer, o custo para o Tesouro Nacional seria de R$ 40 bilhões. A KPMG, responsável por auditar o balanço, não assinou os resultados referentes a 2014.

“A Eletrobras está, por enquanto, lutando no sentido de resolver a sua questão do balanço nos Estados Unidos. Tivemos uma reunião ontem com a diretoria da Eletrobras”, disse Jucá. “Vamos apressar a investigação para que possa ser apreciado o tipo de, em tese, ‘prejuízo’ que possa ter acontecido para que conste no balanço. Sem isso não haverá como a KPMG assine o balanço e sem isso não há registro do balanço nos Estados Unidos. Portanto, pode criar problemas para a Eletrobras na bolsa”, completou.

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O relatório sobre o desvio de recursos em obras de Angra 3 por empreiteiras está praticamente concluído, mas a KPMG quer também a conclusão de investigações em todas as Sociedades de Propósito Específico (SPEs). A Eletrobras tem participação em mais de 100 SPEs, inclusive em Belo Monte.