Brasília
– O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, encaminhou ontem aos membros do Conselho Interministerial do Açúcar e Álcool (Cima) a proposta de redução de 25% para 20% a mistura de álcool anidro na gasolina. A proposta de redução foi levada pelos produtores de cana-de-açúcar da Região Centro-Sul ao ministro, que temendo a redução na oferta de álcool anidro, aceitou a proposta. Se os demais membros do Cima aceitarem a redução, o Ministério da Agricultura publicará portaria sobre o assunto, que passaria a vigorar em 1.º de fevereiro.“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu consenso aos ministros. Por isso acredito que os demais ministros aceitarão nossa proposta”, afirmou Rodrigues. Fazem parte do Cima, os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, Minas e Energia, Dilma Roussef, e Fazenda, Antônio Palocci.
Durante a reunião, os usineiros da Região Centro-Sul comprometeram-se a antecipar a safra de álcool de 1.º de maio para final de março ou começo de abril. “A moagem antecipada significaria a oferta adicional de 600 milhões de litros até o final de abril, volume que cobriria com folga a falta estimada em 400 milhões de litros”, afirmou Rodrigues.
O déficit de 400 milhões de litros era previsto pelo setor caso o governo mantivesse o porcentual de adição de 25% de álcool anidro na mistura na gasolina. Durante o encontro, os usineiros também comprometeram-se com o governo a produzir 1,5 bilhão de litros de álcool a mais no ano-safra 2003/04 para 12,6 bilhões de litros, ante 11,1 bilhões no ano-safra passado.
A redução do porcentual de álcool na mistura da gasolina deve resultar em economia de 250 milhões a 260 milhões de litros de álcool entre fevereiro, março e abril, estimou o ministro. “Reduzindo o porcentual de anidro na gasolina, sobrará álcool hidratado”, afirmou.
