Missão vai recomendar acordo

O chefe da missão do FMI (Fundo Monetário Internacional), Charles Collyns, disse ontem que recomendará a aprovação da revisão do acordo que o Brasil tem com o Fundo. "Nós estamos muito impressionados com a performance da economia brasileira", disse Collyns, após se reunir com o ministro Antonio Palocci (Fazenda). Collyns disse que discutiu com Palocci e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a situação da economia brasileira, e se mostrou satisfeito com a condução da política macroeconômica.

"Estamos muito satisfeitos com o que tem sido feito nas reformas estruturais nos últimos meses. A continuidade que o governo tem dado a uma agenda ambiciosa de reformas é importante para sustentar a continuidade do crescimento brasileiro", disse.

Sobre a renovação do acordo, ele declarou que a "decisão final é do governo" e espera que a resposta saia até o vencimento do acordo, em março.

Ao sair da reunião a caminho de Londres (Reino Unido), onde participará da reunião do G7, Palocci disse que sobre a renovação "só em março é que nós vamos conversar".

Se aprovada, o Brasil terá direito de sacar uma parcela de US$ 1,4 bilhão. No entanto, o governo não é obrigado a tomar esse dinheiro emprestado e já optou por essa alternativa outras vezes, por considerar o empréstimo de caráter preventivo.

O acordo entre o Brasil e o Fundo foi fechado no período de transição entre os governo FHC e Lula, em 2002. Em dezembro do ano passado, esse acordo foi prorrogado para março de 2005. Se for considerada apenas a renovação, essa é a quinta revisão.

O acordo total é de aproximadamente US$ 42 bilhões.

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