Missão empresarial embarca hoje para China e Índia

O mercado oriental mais uma vez será alvo dos empresários brasileiros: uma
delegação, chefiada pelo secretário de Desenvolvimento da Produção do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Reginaldo
Arcuri, vai percorrer a Índia e a China, entre os dias 10 e 18, para
apresentar os avanços tecnológicos brasileiros nos setores alcooleiro e
automotivo e iniciar as negociações para um acordo de livre comércio com os chineses.


Na Índia, a principal intenção da missão comercial será a promoção do
Programa Brasileiro do Álcool e da tecnologia do carro a álcool desenvolvida
pela indústria automotiva.


Para isso, representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Única) – representando o setor empresarial produtor de cana, açúcar e álcool – participarão de encontros com representantes das indústrias de açúcar, do Ministério para Fontes Alternativas de Energia da Índia e dos dois estados indianos que estão utilizando até 5% de álcool misturado à gasolina e ao diesel em caráter experimental.


Ainda na Índia, a delegação se encontrará com o ministro do Petróleo e Gás
Natural, Ram Naik, para acertar os termos relativos à implementação do Memorando de Entendimento sobre Etanol, assinado em abril, durante a visita do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, embaixador Sergio Amaral.

O memorando estabelece uma cooperação entre os dois países nos temas referentes à utilização do álcool como combustível, além de prever a compra de equipamentos, automóveis e da tecnologia brasileira pelos indianos.


A partir do dia 15, a missão comercial tratará dos acertos para a liberalização do comércio com a China. Em Pequim, Arcuri vai encontrar o ministro do Comércio Exterior e da Cooperação Econômica, Shi Guangsheng, e propor a elaboração de um cronograma para a implantação do acordo de livre comércio. Mas o secretário explica que não deverão ser discutidas as datas.

O secretário lembra que só agora, após a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), o país tratará de acordos de livre comércio, e o Brasil pode ser o primeiro a se beneficiar dessa abertura. Entretanto, adverte Arcuri, o acordo não deve sair neste ano, mas não está descartado um entendimento sobre preferências tarifárias, como foi feito com o México e com o Chile.

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